domingo, 2 de março de 2008

Paris Vale Bem uma Missa...?

Está nos livros, e será verídica, a afirmação de Henrique de Navarra, protestante calvinista, quando, em 1593, se viu na contingência de abjurar da religião que professava, como condição para a Liga dos Nobres permitir a sua entrada em Paris para, aí, ser sagrado como Rei Henrique IV de França.
Esta história estava bem fresca na minha memória, pois tinha acabado de ser ventilada na aula de História da Idade Moderna na Universidade da Terceira Idade que frequento, quando me foi endereçado convite para participar na Missa de abertura do Ano Jubilar da Congregação das Irmãs Doroteias, que ontem se realizou às 18,00 horas na Igreja de São João de Brito, em Lisboa, sob a presidência do Cardela Patriarca, D. José Policarpo.
Conquanto o meu primeiro impulso tivesse sido declinar o convite, por força da posição crítica que há muito mantenho quanto à validade da doutrina e do ritual religiosos, fui mesmo à Missa, pois me pareceu a melhor forma de honrar a disponibilidade das Irmãs Maria Teresa Nazaret e Maria Antónia (que me convidou), ambas aposentadas daquela Congregação, que fazem o obséquio de, em regime de voluntariado, serem, ou terem sido, minhas professoras na Universidade e, como tal, merecedoras da minha gratidão e amizade.
E, se "Paris vale bem uma missa", a amizade vale-a ainda mais...
Uma última palavra de apreço para a Congregação das Doroteias, que mantêm acesa, há 175 anos, a chama que Santa Paula Frassinetti em boa hora acendeu. (Fundamentalismos, não!...)

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